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Resíduos de antibióticos no leite? Saiba como evitá-los!

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Os antibióticos são compostos antimicrobianos produzidos naturalmente por alguns microrganismos, com a função de eliminar ou inibir o crescimento de microrganismos maléficos ao organismo do animal. Além desses compostos, existem também os antimicrobianos quimioterápicos, com a mesma função, mas produzidos quimicamente.

 

A incidência de resíduos de antibióticos no leite ocorre em consequência do tratamento de doenças com administração desses medicamentos, por quaisquer vias (intramuscular, intramamária, intravenosa, intrauterina, oral ou subcutânea), sobretudo, quando há superdosagem ou quando o período de carência do medicamento não é respeitado.

 

Com base em estudos de pesquisadores sobre a qualidade do leite, estima-se que 80% a 90% dos casos de resíduos de antibióticos no leite estão associados com o tratamento de mastite. Esse resíduo pode ser detectado por meio de testes feitos em laboratórios nos laticínios. Se for detectado, todo o leite do tanque será descartado, pois no laticínios esse leite não terá o rendimento habitual para o processo de fabricação de derivados lácteos, gerando prejuízos financeiros e malefícios a saúde do consumidor, além do fato de que alguns medicamentos são proibidos pela legislação.

 

Nos casos de ocorrência de resíduos de antibiótico, o produtor poderá ser penalizado pelo volume de leite descartado, em conformidade com a política do laticínios. Faremos alguns cálculos para compreender melhor a dimensão desse prejuízo.

 

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP), o preço bruto médio do leite pago ao produtor, no estado de Minas Gerais, no mês de outubro de 2019, foi R$1,48 por litro de leite. Nesse caso, se um produtor fornece, por exemplo, 1.000 litros de leite, por dia, para o laticínios e for detectada contaminação, e a política do laticínios estabelecer que o produtor é responsável por todo o prejuízo do leite descartado, ele deixará de receber R$1.480,00, em razão do volume contaminado. Além disso, os produtores muitas vezes, deixam de considerar o custo de produção do leite descartado. De acordo com nossa base de dados, o custo operacional efetivo médio, basicamente os custos variáveis, gira em torno de R$1,18 por litro de leite produzido. Com isso, o volume de leite descartado custou ao produtor R$1.180,00, considerando apenas o custo operacional efetivo. De forma direta, o produtor terá um prejuízo de R$1.180,00 em relação ao custo operacional efetivo e deixará de receber mais R$1.480,00 pelo leite descartado. Considerável, não é mesmo? Isso, sem considerar que, dependendo da política do laticínios, o produtor poderá arcar com o prejuízo de todo o leite da boca do caminhão-tanque contaminada pelo leite do produtor, por exemplo, uma vez que será descartado na indústria.

 

É evidente a importância do uso consciente de antibióticos na produção leiteira, tanto para a manutenção da saúde e bem-estar animal, quanto para a produtividade, mas, sobretudo, considerando os possíveis impactos econômicos do mau uso desses medicamentos. Por isso, é importante compreender como fazer os procedimentos corretos diante do uso de antibióticos, estar atento à dosagem adequada e respeitar o período de carência.

 

Como o próprio nome diz, o período de carência é o prazo de eliminação do antibiótico no leite, desde a última aplicação. O tempo para que isso aconteça varia de acordo com cada medicamento e com a via de administração utilizada. Quando um medicamento é recomendado para o tratamento de vacas em lactação, é importante atentar-se para o período de carência descrito na bula, pois todo o leite desses animais deve ser descartado durante esse período.

 

Reforçamos que animais tratados para mastite clínica devem ter todo o leite descartado (dos quatro tetos), mesmo que estejam fazendo o tratamento de apenas um deles, pois, após a aplicação do medicamento, ele será absorvido para a corrente sanguínea e, posteriormente, eliminado no leite.

 

Para controlar e prevenir resíduos de antimicrobianos no leite é importante:

 

  • fazer a identificação de animais em tratamento;
  • ordenhar animais tratados separadamente;
  • respeitar rigorosamente o período de carência do medicamento;
  • evitar alterar doses ou protocolos de tratamento descritos na bula;
  • descartar todo o leite de animais em tratamento;
  • treinar a equipe de ordenhadores e funcionários sobre o uso correto de antimicrobianos e o descarte do leite desses animais;
  • higienizar de forma correta o equipamento utilizado para ordenha de animais tratados, pois pode ocorrer contaminação do leite de animais sadios;
  • não utilizar medicamentos de vaca seca em animais em lactação, devido ao maior período de carência.

 

Portanto, para evitar e prevenir resíduos de antibiótico no leite, é de extrema importância respeitar o período de carência descrito na bula, associado a um controle efetivo de informações sobre quais animais estão em tratamento, e utilizar os medicamentos conforme prescrição do médico veterinário. Com isso, será possível produzir leite sem resíduos e seguro para a saúde do consumidor, além de evitar prejuízos econômicos para a propriedade.

 

 

Bianca Capistrano – Estagiária da Labor Rural

 

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