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A influência do dólar no custo de produção de leite

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O dólar vem se valorizando consideravelmente em relação ao real nas últimas semanas devido, principalmente, a incertezas políticas e econômicas nos mercados nacionais e internacionais em decorrência dos efeitos do Corona vírus, ao baixo crescimento da economia brasileira e as constantes reduções na taxa de juros no Brasil. O cenário de incerteza faz com que os investidores busquem ativos mais seguros, como o dólar e o ouro. O baixo crescimento da economia brasileira diminui a confiança para investimentos internacionais no país. A redução na taxa de juros faz com que investidores busquem mercados mais atrativos para aplicarem seu dinheiro. Portanto, todos os motivos apresentados fazem com que dólares saiam ou até mesmo não cheguem ao Brasil, diminuindo a oferta deste ativo no mercado nacional e consequentemente aumentando seu preço.

Entretanto, a desvalorização cambial também gera impactos em diversas cadeias de mercado no Brasil. Em relação ao leite, como consequência, pode-se destacar dois impactos principais: a redução da competitividade de produtos importados, pois, com o câmbio elevado, estes produtos também tornam-se mais caros; e o aumento nos custos de produção, pois diversos componentes como grãos, combustível, peças, dentre outros, estão diretamente relacionados ao dólar e ao mercado internacional. A Figura abaixo mostra um índice com a variação nominal média do dólar, do preço líquido pago ao produtor de leite brasileiro e dos preços das sacas de 60 kg de milho e soja no mercado nacional, entre os anos de 2010 até o mês de fevereiro de 2020, para o preço do leite, e o mês de março de 2020, para os preços dos insumos. Portanto, em todos os anos em que o aumento dos preços do dólar e das commodities foi maior que do preço pago pelo leite, o produtor teve seus custos pressionados. Isso aconteceu pela última vez em 2016 e pode acontecer novamente este ano.

Figura – Índice de preços do dólar, leite, milho e soja entre 2010 e fevereiro/março de 2020.

Fonte: Banco Central (2020) e Cepea (2020). Elaboração: Labor Rural.

Como é possível perceber, existe uma relação direta entre o dólar e o preço pago pelo leite (correlação de 0,93) os preços das sacas de milho e soja (correlação de 0,83 e 0,88, respectivamente). Entretanto, entre 2019 e 2020, é possível perceber um movimento de aumento maior no preço do dólar (12,3%) e dos insumos (milho – 34,3% e soja – 8,7%) em comparação ao preço pago ao produtor leite (-1,1%). Analisando apenas a média dos primeiros meses de 2020 com os mesmos meses de 2019 (janeiro à fevereiro para o preço médio do leite e janeiro à março para o preço médio do dólar e das commodities), o aumento dos preços do dólar (17,5%) e dos insumos (milho – 33,1% e soja – 15,1%) ainda foram bem superiores ao aumento médio do preço pago ao produtor de leite (3,2%). Com isso, o que vem se desenhando para o ano de 2020 é um cenário pior que o de 2016 em relação a estes insumos, ou seja, de maior amplitude dos preços do dólar, do milho e da soja, em relação ao preço do leite, o que pode reduzir ainda mais a margem do produtor de leite se comparado aos anos anteriores.

Previsões do Banco Central brasileiro mostram que o dólar deve permanecer em patamares elevados nos próximos anos, sendo cotado a R$4,50 ao final de 2020, ainda um pouco acima da média para este ano até o momento (R$4,43), mas abaixo da cotação das últimas semanas (acima de R$5,00). Portanto, espera-se que o mercado brasileiro continue atrativo para os consumidores internacionais e os produtores brasileiros ganhem competitividade no mercado externo, aumentando assim a demanda pelos produtos nacionais, pressionando para cima os preços dos derivados lácteos (e por consequência, do leite), do milho e da soja no mercado nacional. Aliado a isso, o cenário de incerteza e de uma possível recessão econômica global pós corona vírus pode diminuir a demanda por produtos lácteos, pressionando os preços para baixo. Este cenário pode tornar os custos de produção de leite maiores, sem uma recomposição proporcional do preço pago pelo leite, reduzindo a margem dos produtores e deteriorando as relações de troca entre leite e os insumos diretamente relacionados ao dólar.

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